‘Ainda estou aqui’ vence todas as categorias que disputava no Prêmio Platino

Longa brasileiro venceu nas categorias de Melhor Filme Ibero-Americano, Melhor atriz e Melhor direção
Madri — O longa Ainda estou aqui continua a conquistar o mundo e mostrar a força do cinema do Brasil. Após o Oscar de Melhor filme internacional, a obra conquistou todas as categorias em que estava concorrendo no prêmios Platino, maior honraria no cinema ibero-americano e espanhol. Premiação ocorreu neste domingo (27/4), em Madri, na Espanha.
O Brasil desbancou os longas El 47, El Jockey, Grand Tour e A Infiltrada e venceu o Platino de Melhor Filme Ibero-Americano. Fernanda Torres também coleciona mais uma estatueta para a coleção com o prêmio de Melhor atriz. A intérprete de Eunive Paiva concorria ao lado das atrizes Úrsula Corberó (El Jockey), Carolina Yuste (A Infiltrada) e Sol Carballo (Memórias de um corpo ardente).
O diretor Walter Salles é o campeão da categoria Melhor direção, em que concorreu com nomes de peso como o espanhol Pedro Almodóvar. Também estavam na disputa os diretores Luis Ortega (El Jockey) e Arantxa Echevarría (A Infiltrada).
Fernanda Torres e Walter Salles não compareceram à premiação e as estatuetas foram recebidas pela atriz Valentina Herszage, que interpreta Vera Paiva no filme, e Rodrigo Teixeira, produtor do longa. Em março, Ainda estou aqui se tornou o primeiro filme brasileiro premiado no Oscar, em um acontecimento histórico. Antes, entre outros, Fernanda ganhou o prestigioso Prêmio Globo de Ouro, de melhor atriz.
Ainda estou aqui é baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva e comoveu os brasileiros ao narrar o impacto da ditadura em uma família depois do desaparecimento de Rubens Paiva. Fernanda Torres vive a personagem de Eunice Paiva, advogada e ativista determinada que busca desvendar a verdade sobre o desaparecimento do marido, assassinado pela ditadura militar.
O filme venceu muitos prêmios internacionais e lotou os cinemas do Brasil e de outros países.
Minissérie Senna
Mais uma vitória para o Brasil veio na categoria Melhor Criador de Série ou Minissérie. Os produtores Vicente Amorim, Fernando Coimbra, Luiz Bolognesi e Patrícia Andrade venceram a categoria por Senna, série da Netflix.
Senna ainda concorreu nas categorias Melhor Ator em Série ou Minissérie (com Gabriel Leone), Melhor Ator Coadjuvante em Série ou Minissérie (com Hugo Bonemer) e Melhor Série ou Minissérie Ibero-Americano, em que esteve junto à também brasileira Cidade de Deus: A luta não para. Disputa teve a colombiana Cem anos de solidão como vencedora.
Representaram o país na premiação ainda as animações Arca de Noé e Dalia e o livro vermelho (coprodução com participação brasileira) na categoria de Melhor Animação. O vencedor foi o filme Mariposas Negras, colaboração entre Espanha e Panamá.
Fonte: Correio Braziliense
Foto: Sony Pictures